O Hospital Sírio-Libanês fechou parceria com a TIM e a Deloitte para testar a primeira ambulância conectada à internet móvel de quinta geração (5G). O objetivo é compartilhar o trabalho realizado no veículo ainda em trânsito com a equipe médica que receberá o paciente no pronto socorro, antecipando as providências.
Vai funcionar assim: durante o deslocamento, a ambulância envia as informações do monitor cardíaco do paciente e faz uma conferência em áudio e vídeo em tempo real. Lá no pronto socorro, a equipe de retaguarda antecipa o diagnóstico. Quando a ambulância estaciona, a equipe já tem todos os principais dados sobre a condição do paciente.
A nova tecnologia 5G oferece tráfego de dados com velocidade até 10 vezes superior à do 4G, além de uma baixa latência. Essa conexão permite o envio das imagens e a interação entre as equipes em tempo real, com a precisão que uma emergência requer.
A TIM foi procurada como parceira porque é a operadora com mais antenas 5G já instaladas na cidade de São Paulo. São 1,1 mil ao todo. No projeto, a TIM fornece o modem 5G que habilita a transmissão de dados da ambulância para o pronto atendimento em tempo real. É utilizado aí um roteador com padrão Wi-Fi 6 (o padrão mais moderno e capaz de suportar vários dispositivos integrados sem perder a velocidade). Por sua vez, o papel da Deloitte é fazer a coordenação do ecossistema de parceiros envolvidos na atividade e apoia o mapeamento das atividades críticas.
O projeto está em fase piloto. Ele conta com um investimento compartilhado entre o Hospital Sírio-Libanês, a TIM e a Deloitte, tanto em recursos físicos, mas, especialmente, em conhecimento. Isso porque envolve profissionais de diferentes áreas, como gente de negócios, técnicos de telecomunicação, engenharia clínica, desenvolvimento de software, design de equipamentos, além da turma da área da saúde: socorristas, enfermeiros e médicos.
O projeto-piloto tem sua conclusão planejada para o primeiro trimestre de 2023. Se der tudo certo, o plano do Hospital Sírio-Libanês é que a iniciativa seja expandida para a unidade de cardiologia de Brasília e, depois, para as demais unidades e regiões.